Agosto Lilás: dados, história e ação na linha de frente da segurança

Agosto Lilás é uma campanha nacional de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher, instituída em referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006. Desde então, agosto tornou-se o mês oficial de mobilização contra todas as formas de violência doméstica e familiar. A campanha reforça que leis não bastam: é preciso políticas públicas, educação e envolvimento da sociedade.


Dados recentes confirmam a urgência da causa: em 2024 foram registrados 1.450 feminicídios no Brasil, uma leve redução de 5% em relação a 2023. Ainda assim, a cada dia, mais de 3 em cada 4 mulheres sofrem violência em seus deslocamentos urbanos, e cerca de 2.400 mulheres são vítimas de violência por hora ao longo do ano.

Origem e motivos de existir:

A campanha Agosto Lilás consolidou-se oficialmente em 2022, mas iniciou em movimentos estaduais desde 2016, especialmente no Mato Grosso do Sul, para celebrar e difundir a Lei Maria da Penha e conscientizar sobre a violência contra a mulher.

A cor lilás simboliza a luta feminista e a importância da mobilização social.

Além das mais de mil mortes por feminicídio em 2024, houve crescimento de denúncias via Ligue 180, com aumento de quase 20% em São Paulo, de 26.026 em 2023 para 31.227 em 2024. Esse canal gratuito funciona 24 h por dia, e recebe denúncias inclusive por WhatsApp e chat. Esses números revelam que a violência ocorre majoritariamente no ambiente familiar, e isso exige prevenção ativa também nos condomínios.

Um dos últimos casos que teve repercussão pela mídia no dia 26.07.2025, foi de extrema importância para salvar a vítima das agressões do seu parceiro no elevador. O Porteiro estava atento e identificou agressões em tempo real pela câmera de segurança que também gravou as agressões de dentro do elevador. Logo acionou a polícia, onde o agressor foi preso em flagrante.

‘Nunca tinha visto isso’, diz porteiro que flagrou homem dando 61 socos em namorada…

O que porteiros e vigilantes, os funcionários devem fazer em caso de violência.

Os funcionários de condomínio podem desempenhar um papel crítico na detecção e na geração de socorro. Em caso de presenciar ou suspeitar de violência doméstica:

 

• Aja com discrição e acolhimento, oferecendo contato e sem expor a vítima;

• Não seja testemunha passiva: oriente ligar para o 180 ou acione a central do condomínio para acionar a polícia;

• Registre data, hora, voz, barulhos e comportamentos observados no livro de ocorrência ou sistema interno, mantendo sigilo;

• Acione imediatamente o atendimento de emergência local, segurança privada, síndico, polícia ou serviço de proteção.

 

Além disso, os funcionários devem receber treinamentos específicos, com simulações e orientações claras:

Modo de falar: linguagem clara, empática, evitando julgamentos;

Como agir: contato com a vítima sem confrontar o agressor;

Coordenar o acionamento da segurança privada, delegacia, Defensoria ou Casa da Mulher Brasileira, conforme contexto.

 

O papel das câmeras de segurança

As câmeras de segurança desempenham função essencial em casos de violência doméstica nos condomínios:

Registram evidências visuais importantes para eventual perícia;

Reduzem falsos relatos ao comprovar ou descartar eventos;

 

Oferecem subsídio para medidas protetivas ou judiciais.

Quando usadas de forma responsável, em conformidade com a LGPD, tornam-se uma ferramenta de suporte ao acolhimento e à proteção da vítima.

 

O Agosto Lilás nos lembra que combater a violência contra a mulher é uma responsabilidade de todos, e isso inclui o ambiente condominial. Informar, capacitar e agir de forma empática são passos fundamentais para garantir que vítimas sejam acolhidas e protegidas. Porteiros e equipes treinadas fazem a diferença nesse cenário, sendo agentes de escuta, observação e encaminhamento seguro.

 

Em muitos condomínios, já é possível contar com profissionais preparados para lidar com essas situações delicadas, graças a iniciativas de conscientização e treinamentos específicos. Essa postura proativa contribui diretamente para a construção de um ambiente mais seguro e humano para todas.

ALPHA SECURE, evoluindo pessoas!
Julho/2025

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