Como as mulheres vivenciam o espaço público e o papel da segurança

Em virtude do mês de Março ser dedicado à todas as mulheres, vamos abordar um tema urgente e necessário: a experiência das mulheres nos espaços públicos. No Brasil, a realidade é alarmante: a cada 7,2 segundos, uma mulher é vítima de violência física; a cada 1,4 segundo, uma mulher é assediada; a cada 1,5 segundo, uma mulher é assediada na rua; e a cada 6,9 segundos, uma mulher é vítima de perseguição. Insultos, investidas indesejadas, violência e assédio persistente moldam a forma como muitas mulheres interagem com o mundo ao seu redor.

O “Continuum” da Violência e o Medo Constante

Não se trata de retratar as mulheres como vítimas constantes, mas de reconhecer que, estatisticamente, elas vivenciam seus deslocamentos com a preocupação constante de sofrer alguma forma de agressão ou assédio. A gravidade varia, mas o medo gerado por essas interações contribui para um ciclo de violência contínuo.

É crucial entender a diversidade de experiências das mulheres e rejeitar a ideia de que a violência se restringe à esfera privada. A noção de “privado” pode ser um obstáculo à luta contra a discriminação de gênero, pois naturaliza a violência em espaços públicos, sugerindo que as mulheres devem se proteger sozinhas, evitando certos caminhos ou andando acompanhadas.

Urbanismo Securitário: Criando Espaços Mais Seguros

Para intervir no ambiente urbano, é fundamental identificar as condições que originam o medo. Os seis princípios do Guia de Planejamento para uma Cidade Mais Segura de Montreal são a base do “urbanismo securitário” (CPED – Crime Prevention Through Environmental Design), desenvolvido nos anos 1970. Esses princípios visam criar espaços públicos mais seguros para todos:

Sinalização clara: Saber onde você está e para onde vai.

Visibilidade: Ver e ser visto, com boa iluminação e campos de visão amplos.

Atividade: Estar em lugares movimentados, com pessoas e serviços.

Vigilância e ajuda: Presença de vigilância e fácil acesso à ajuda.

Manutenção: Espaços limpos, bem cuidados e acolhedores.

Participação comunitária: Envolvimento da comunidade, apropriação dos espaços e mobilização social.

A Realidade em São Paulo: Uma Pesquisa Reveladora

A pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher” (dezembro de 2019) revelou que 63% das mulheres na cidade já sofreram algum tipo de assédio. A pesquisa também apontou que 41% das participantes já receberam agressões verbais, 39% ouviram assobios e 22% receberam comentários negativos sobre sua aparência em público.

Os locais mais citados como ameaçadores foram o transporte público (46%), a rua (24%), bares e casas noturnas (8%), pontos de ônibus (7%) e o trabalho (5%).

 

Alpha Secure e a Segurança da Mulher

Na Alpha Secure, acreditamos que a segurança é um direito de todos. É por isso que estamos comprometidos em criar soluções inovadoras que promovam ambientes mais seguros e inclusivos para as mulheres.

Tecnologia: Sistemas de vigilância inteligentes com câmeras com analíticos de vídeo que ajudam a identificar comportamentos suspeitos e alertar as autoridades.

Consultoria: Avaliação de riscos personalizada para empresas e condomínios, com foco na segurança das mulheres.

Treinamento: Workshops e cursos de capacitação para mulheres, ensinando técnicas de autodefesa e segurança pessoal.

Conclusão

A violência contra as mulheres em espaços públicos é um problema complexo que exige a atenção de todos. Ao entender os desafios enfrentados pelas mulheres, implementar princípios de urbanismo securitário e investir em soluções de segurança inovadoras, podemos criar cidades mais seguras e acolhedoras para todos.

ALPHA SECURE, evoluindo pessoas!
Março/2025

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