Escutamos nos últimos dias algumas notícias de pequenos furtos aos usuários do sistema de saúde. Estamos falando de pequenos furtos que trazem uma sensação de intranquilidade num momento em o foco é a saúde, tornando ainda mais preocupante para quem não tem alternativa e precisa acessar o sistema único de saúde (SUS).
A segurança é uma prioridade, parte intrínseca, inegável nos estabelecimentos de saúde, onde pacientes, acompanhantes, funcionários e visitantes precisam se sentir protegidos, sendo responsabilidade direta do gestor da unidade atentar para atendimento dessa demanda.
Neste artigo, exploramos estratégias que podem ser implementadas para criar um ambiente seguro e mais tranquilo.
1. Avaliação de Riscos e Planejamento:
É de suma importância realizar uma avaliação minuciosa dos riscos específicos que podem afetar a segurança da Unidade de Saúde.
Localização, quantidade de entradas, muros, número de usuários, atividades a serem realizadas, equipamentos e farmácia são pontos que devem ter atenção na composição do plano de trabalho.
Destaque a necessidade de desenvolver um plano de segurança abrangente, considerando cenários de crise, como emergências médicas, comportamento agressivo de pacientes, invasões, furtos e outras ameaças. Não é possível avançar na saúde pública sem considerar essas questões, assim como não é justificativa considerar o fato de muitas das unidades de saúde estarem em periferias como se não precisasse de segurança. Quem trabalha e quem utiliza, todos precisam estar seguros.
2. Vigilância Ativa
O serviço de vigilância tem característica de prevenção e inibição, desta forma a presença de vigilantes treinados pode ser um elemento fundamental para inibir ações delituosas e responder prontamente a incidentes de segurança.
O treinamento da equipe de segurança é um ponto que requer muita atenção, postura e conhecimento, pois embora seja um local de atendimento ao público, o vigilante precisa conhecer a unidade, ser cortês no atendimento e saber lidar com o público e ser firme nas ações com pessoas que não respeitam e que buscam nesses locais criar outros problemas.
3. Atendentes ou recepcionistas:
Funções que são exclusivamente de controles do acesso, são postos de trabalho que normalmente são implementados para iniciar uma triagem dos pacientes antes das áreas de restrição.
Importante que tenham conhecimento básico do serviço de segurança que atuem no apoio da administração melhorando a performance do serviço de segurança da unidade.
Operadores do sistema de cadastramento que fazem todo o trabalho de identificação ser eficiente, através de crachás ou pulseiras que permitam identificar e diferenciar visualmente presenças indevidas. Para essa finalidade, também devem considerar bloqueios e/ou registros de acessos.
4. Vigilância Eletrônica:
As instalações de câmeras de segurança em locais estratégicos são fundamentais para monitorar áreas críticas, como entradas, estoques, recepção e áreas de espera. As câmeras podem ser uma ferramenta valiosa para identificar incidentes e apoiar investigações.
Além disso dispositivos eletrônicos como alarmes, controles de acesso biométricos ou faciais, podem ser utilizados de forma complementar para prevenção e apuração de sinistros.
Importante é ter uma central de operações para monitoramento das unidades, externamente, o que possibilita alterar o plano de emergência, através do uso das imagens para atender a operação.
5. Pronta Resposta e Integração com Autoridades Locais:
Serviços de pronta resposta podem ser um elemento de suporte relevante em locais de funcionamento intermitente. Por exemplo, no caso de eventos de alarme, um agente de segurança pode ser acionado para uma primeira verificação do local.
Além disso, estabelecer uma parceria colaborativa com autoridades policiais locais (190), costumam resultar num suporte rápido em casos de emergência, o que pode auxiliar na tranquilidade de pacientes, funcionários e visitantes.
6. Treinamento das Equipes:
Treinar a equipe (todos) em procedimentos de segurança específicos para ambientes de saúde, aprimorando suas habilidades de comunicação e gerenciamento de conflitos permitem um melhor atendimento ao usuário com a manutenção do cumprimento de procedimentos de segurança necessários. Em resumo, investir em medidas de segurança integradas é um passo fundamental para garantir as melhores condições para todos que estão envolvidos nos Estabelecimentos de Saúde.