Que o cão é o maior amigo do homem, já sabemos há muito tempo, mas inserí-lo na segurança patrimonial é algo que já ocorre, porém, ainda não pensado no contexto residencial e comercial e, por isso, é um tema que queremos explicar para vocês.
Você já ouviu falar em segurança com o cachorro?
Os cães, por natureza, possuem um olfato muito mais desenvolvido do que o ser humano, pelo menos 5 vezes a mais, além disso, captam vibrações sonoras de alta frequência e conseguem distinguir a variedade de sons que escutam, pelo menos 3 x mais que o ser humano, ou seja, o tempo todo estão em alerta, já que seus sentidos são mais apurados.
Desde sempre o animal foi utilizado para apoio à caça, seu perfil e proximidade com o homem desenvolveu naturalmente essa relação de companheirismo e segurança. Desde o século XIV, essa relação tem sido muito mais do que apenas companheiros, tornando uma relação de apoio às ações de segurança. No século XIX há relatos de que na cidade de Londres que, continuamente já utilizava-os para combater o crime, e participaram ativamente na caçada ao Jack O Estripador, que sempre fugia dos policiais ingleses. Por essas características que são condições naturais, como inteligência e praticidade o animal dá apoio aos vigias nas tarefas de perseguição e captura.
No Brasil, eles são utilizados há muitos anos pelas polícias militares, onde existe até um departamento para treinamento dos animais que atuam como parceiros dos policiais em ações de contingência, em aeroportos com identificadores de bagagem com drogas, e em resgates, ajudando os bombeiros na localização de pessoas.
O treinamento de cães policiais é um processo muito demorado, que além do animal, tem o treinamento do condutor, que é essencial para eficiência do projeto. Em alguns países, primeiro o condutor tem que completar o treinamento requerido da academia de polícia e ter mais um ou dois anos de experiência de patrulha, antes de se tornar capacitado e elegível para se transferir para uma unidade K9 especializada no serviço.
O serviço do cão de guarda tem um período, onde o animal faz parte da equipe, e ao término pode ser adotado pelo seu amigo (policial), e assim vai para a aposentadoria, uma relação de trabalho e amor ao parceiro.
Na segurança patrimonial, existe uma regulamentação da (DPF) Depto. Policia Federal, em uma Portaria no. 3233/2012, na qual estabelece normas e faz a fiscalização da segurança privada em todo o País.
Por isso, para que o serviço seja realizado de forma legal, devem ser seguidos alguns procedimentos. São eles:
- Todo cão de segurança deve estar acompanhado por um vigilante habilitado;
- As empresas que oferecem o serviço devem ter autorização de funcionamento e certificado de segurança válido;
- Os cães devem ser adestrados por profissionais certificados em curso de cinófila;
- As empresas de segurança podem ter seus canis, ou contratar um canil certificado ou ainda contratar o serviço de locação do animal através de um canil de organização militar ou particular;
- Quando estiver em serviço, o cão deve estar vestindo o peitoral de pano com o nome e logotipo da empresa;
- Os cães não podem atuar em interiores, exceto nos horários em que não houver atendimento ao público, ou funcionários da empresa;
- O serviço com o animal, deve ter um descanso, como trabalham com os vigilantes sugerimos um descanso de 8 a 12 horas por dia, ou seja, um para o dia outro para a noite;
- Na contratação do serviço deve estar previsto alimentação, agua e canil para descanso do animal;
- O Vigilante habilitado recebe 10% de gratificação para realizar a função, mas sua habilitação tem que estar em dia;
Conheça as raças mais utilizadas no Brasil para o serviço de Cão de Guarda:
Pastor Alemão – Rottweiler – Doberman – Bullmastiff – Boxer.
O serviço com cão de guarda tem algumas vantagens:
Por conta de negociação comercial o serviço geralmente é individual, ou seja, um posto de serviço que, quanto mais exposto à rua, mais insegurança traz ao vigilante por estar sozinho, já o cão, traz uma segurança adicional como companheiro para as horas do serviço, principalmente noturno onde a solidão é um obstáculo adicional para eficiência do serviço.
O serviço com o cão de guarda, é um fator adicional de inibição a operação, pois o invasor tem que pensar além da ação humana e tecnológica, afinal, tem um animal com seus instintos, que está em constante alerta de segurança.
O serviço de ronda por si se transforma em uma ronda ostensiva, melhorando o serviço pelas habilidades do companheiro.
Geralmente o serviço é desarmado, já que o cão de guarda é uma arma não letal que atua junto do vigilante.
Normalmente o serviço é utilizado em locais de grandes áreas, e longos perímetros, onde a presença do animal pode ser muito mais produtiva e eficiente.
O serviço é muito utilizado para controle de casas sem moradores ou negócios que não possuem movimento e trabalho no período da noite.
Importante que nunca podemos utilizar o animal em locais de circulação de público que seria um fator de grande risco para um acidente.
Esperamos que esse artigo possa ajudar a esclarecer melhor a vocês como funciona a rotina da prestação de serviço com cão de guarda. Quer saber mais entre em contato com a nossa equipe.
Equipe Alpha Secure – junho/23